a arte e a vida se entrelaçam o tempo todo. já não sei ao certo o que é uma é o que é outra. me alimento do cotidiano e a partir dele vem os fazeres. despretensiosos, afetivos e necessários para a minha existência no mundo.
fazeres
Imagino tudo como os rios, que na nascente brotam do solo e vão correndo em caminhos sinuosos e fluidos, ora largos ora estreitos e as vezes são interrompidos. Mesmo assim continuam existindo em fluxo, espírito e ancestralidade.
Quero estar no mundo
da maneira mais aberta possível e para isso penso a vida como experiência
coletividades
De dois anos para cá tenho experimentado cocriações com outros seres não humanos e com humanos também. Já há algum tempo ando desconfiada da autoria de uma única pessoa a um trabalho já que estamos no mundo o tempo todo em relação. Tenho pensado de que forma podemos viver cada vez mais em relação, no plural, junto, no coletivo.
Os encontros para compartilhar processos, falar sobre florestas, as residências, criações e ‘desorientação’ de processos criativos, em um pensamento de expandir e olhar de forma mais ampla para o trabalho, são o que eu ofereço através do ateliê Serafina.
novas formas de estar juntos sem competir,
sem excluir, recebendo
o que cada um pode oferecer a partir
da sua experiência
de estar no mundo.
sementes
é o blog que contém textos, escritos, poemas, fragmentos de diários, as mais diversas formas de escritos que são exercícios diários. Escrevo todos os dias com uma fluidez e despretensão, e apresento aqui esses textos. As escritas também são rios, fluidas sem ficar indo e voltando no texto, é o que sai, sem me preocupar com erros, acertos ou qualquer outra coisa. É o que eu sinto que quero compartilhar.
seiva
As residências artísticas e as incursões para investigar a paisagem e a natureza das existências, me possibilitaram me deslocar para lugares ermos, abundante em seres não humanos e que apresentam outras formas de estar no mundo.
tudo é interligado, coexiste, se relaciona, se constrói e se transforma o tempo todo
Me interesso em pensar o mundo como pluriculturas, relações não monogâmicas e não colonizadas.
Nesse site apresento meus fazeres, coletividades, proposições expositivas, seiva - residências e incursões na paisagem, o ateliê Serafina e sementes - escritos em forma de um blog.
lugares que alimento a alma e me reconheço rio, montanha, floresta, pedra, plantas. Para criar florestas na cidade, reflorestar a vida urbana é preciso sair e voltar muitas vezes para me coletivizar com outros corpos, e fazê-los viver aqui também.
pluriverso
Vivo rodeada de seres mais que humanos e é com eles que me interessa estar. Com quem está no mundo há muito mais tempo que eu e sabe o que é estar no mundo sem destruí-lo. Eu me relaciono o tempo todo com plantas, pedras, sementes, nuvens, ventos, águas, céu e terras. É a partir dessas relações que toda cosmologia do trabalho e da vida se constroem.
Sou um ser em transformação e para isso me coloco disponível e vulnerável para me relacionar e experimentar. Me misturar com outros artistas para criar junto é uma forma de tentar compreender a natureza do ser coletivo, de pensar e estar junto, de propor coisas juntos e experimentar estar no mundo no plural.
viver todas as possibilidades
do que é estar
no mundo.
te convido a adentrar ao pluriverso, reconhecer a natureza que somos para assim podermos ser defensores e criadores de florestas urbanas e selvagens.