nunca mais
Campinas, Gaia, Galeria de arte do Instituto de artes da Unicamp, 2017.
estante de livros e cadernos de artista IA, unicamp, 2022
Jardins Telúricos é uma exposição de cinco integrantes do grupo Farol81 com curadoria de Fabiana Bruno. Rosana Torralba, Valéria Scornaienchi, Vane Barini, Vani Caruso e Vera Figueiredo apresentam suas pesquisas e obras produzidas em torno de questionamentos sobre os estados de uma natureza viva. Jardins expandidos são apresentados nas formas de desenhos, monotipias, fotografias, vídeos, objetos e instalações. A mostra é também uma ocupação do espaço expositivo da Casa de Eva que oferece ao público visitante a imersão em um ambiente tomado por obras visuais e sonoras que se amalgamam com plantas, folhas e cascas.
LIVE com as artistas da exposição Jardins Telúricos
utopias e distopias atmosféricasuncoolartist, 2020
http://uncoolartist.com/utopiasedistopiasatmosfericas/
remetimentos, centro cultural miguel dutra, piracicaba, sp, 2020
17ª edição do programa de exposições do marp, ribeirão preto, sp, 2019
são paulo, centro cultural histórico /universidade presbiteriana mackenzie, 2019
fotos de vane barini
catálogo-livro-de-artista da exposição pelo avesso / por Fabiana Pacola Ius, MIX estúdio criativo, que também cuidou da identidade visual da exposição e da criação do logo 'pelo avesso'.
campinas, macc, museu de arte contemporânea, 2018
Ver de perto
Ver de longe
Aproximar-se
Distanciar-se
Deslocamento
Dimensão
O corpo
A narrativa
leia texto de sylvia furegatti, sobre este trabalho
campinas, museu da cidade, 2017
Campinas, SUBSOLO – laboratório de arte, 2018.
"Olhei as árvores como quem interroga testemunhas mudas."1
Sentada na beira do degrau observo o espaço. A árvore morta descansa. Ramos sem folhas nem raiz. Retângulo. Muro corroído pelo tempo. Chão coberto de grama recém cortada. Corredor entregue a solidão do vazio. Entreguei-me aquele retrato e passei a me perguntar o que de mim havia ali. Não demorou até que eu fosse absorvida pelo espaço. Cores sombrias. Passado. Morte? Vida? Passei a separar os ramos e galhos das árvores. Lembrei-me que as árvores na minha família iam se multiplicando. De muda em muda, de uma casa a outra. Memória. Assim me pergunto - de onde vem a memória? Onde ela mora? Tudo permanece vivo. Reorganizo os galhos como quem arruma a própria casa. Aconchegando cada coisa em seu lugar. Olho de novo e percebo o quanto reorganizar os galhos e troncos me transformou. Seres mortos. Cavidade em transição. De vazia a cheia. De nada a tudo. O efêmero. A parede manchada e rachada. Tijolo aparente. O que há por trás daquilo que vemos? O escondido e o aparente. Acalento a parede com um cinza claro. Breve pausa em cor. Os galhos descansam na paisagem. Se eu plantar o passado será que nasce memória? Haverá algo mais que sombras? Bosque das memórias. Universo peculiar das coisas mortas. Há quem passe a vida a cultivar o passado. Será a memória um pensamento? Será uma sensação? Um movimento? Respostas improváveis.
Valéria Scornaienchi
1. DIDI-HUBERMAN, Georges. Cascas - São Paulo: Editora 34, 2017 (1a Edição); p.112.
Campinas, Gaia, Galeria de arte do Instituto de artes da Unicamp, 2017.
O processo é muito rico.
Descobri coisas, me surpreendi com outras.
Me encantei com o vazio.
Me descobri nas pequenas coisas.
Me coloquei em risco para propor esse trabalho.
Não há crescimento sem correr riscos.
Eu me desencontrei nas imagens me reencontrei nas palavras
discutir o processo de criação comigo mesma;
expressar meus pensamentos;
alimentar minhas anotações, enriquecendo-as;
refletir;
criar novos encontros;
revisitar anotações e esboços;
me apropriar do meu próprio trabalho;
enfrentar dúvidas;
ampliar repertório
a palavra me interessa
tanto quanto a imagem.
é tudo desenho!
presença impontente desse corvo,
que cria imagens tão amplas que transbordam o suporte,
criando o deslocamento da imagem
para um lugar desconhecido, inexistente,
e que com pouco esforço pode ser percebido no contexto
crio imagens
que referenciam a ausência
ou a presença ausente
Campinas, Carimbo – galeria cultural, 2016.
Campinas, Torta – espaço independente de arte, 2018.
Exposição de arte realizada na EMEI Camecinho de Vida.
levar a exposição para lugares não destinados diretamente a arte é uma forma de possibilitar que mais pessoas entrem em contato com ela.