fazeres

experimentos, processos, projetos

Florestas 
Algas
Corpopedrapaisagem
Mata atlântica 
O que há em cima há embaixo
Serra da Mantiqueira

 
 
 

Quais são os gestos da floresta?
Como se expressa a floresta?

 
 
 

As algas estão morrendo, o aquecimento dos oceanos altera todo ecossistema da vida marítima. A vida marítima me inspira a pensar esses desenhos, observando esses seres, em imagens, e inventando alguns.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Corpopedrapaisagem
É uma série de trabalhos feitos a partir de lugares de passagem, da relação entre a paisagem e a memória.

 
 
 

Esses desenhos foram feitos a partir da experiencia de estar na mata atlântica, do gesto das pedras, das águas e da mata.

 
 
 

uma serie de trabalhos criados a partir de um pensamento de espelhamento entre o que vemos e o que não vemos, um mundo paralelo onde a existência da natureza invade o cosmo.
O que há em cima há embaixo

 
 
 
 
 
 

Os desenhos realizados na serra da Mantiqueira são experiencias de aproximação com as araucárias e com os sons da mata.

 
 
 

 

atlas de botânica

Quase tempo.

Parece que ao olhar sobre as imagens e textos que eu venho produzindo, me encontro com esse lugar de um quase tempo. Uma suspensão do tempo na medida em que aquilo que eu vejo já não reconheço facilmente. Embora debruçada na experiência de dissecação quase natural desses viventes, uma poeira, uma pluma, algo que eu poderia chamar de uma sujeirinha que descansa na superfície do papel, me parece agora essencial. Quando eu observo cada fragmento da planta se desfazendo e desaparecendo na mesa do ateliê, é possível compreender o quanto o último fragmento de planta é tão importante quanto olhar para a planta tal qual conhecemos, algumas vezes é dele que saem pequenos seres quase invisíveis em busca de um outro lugar de estar. o atlas de botânica é uma coleção de viventes e de reflexões causadas pelo tempo em que me demorei com esses fragmentos de vida.

herbario de histórias

 
 
 

 

 

 

experimentos afetivos

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natureza em transição

Nesses últimos anos, tenho trabalhado com elementos da natureza. Na medida em que meus valores foram se modificando, e a percepção do mundo também me veio essa vontade de me aproximar da natureza. Talvez como uma forma de me voltar para dentro. Observar elementos da natureza, coletar imagens em lugares de passagem, desenhar, escrever, buscar textos, filmes, imagens da internet e de livros, é o que tem me nutrido para pensar o trabalho, que é uma extensão de uma prática diária. Pedras, folhas, conchas, troncos, paisagens me motivam a pesquisar o desenho nas suas mais diversas formas. Seja através do desenho de observação, seja através do desenho inventado a partir das imagens mentais que já estão dentro de mim. Me interesso pela materialidade dos objetos, mas talvez nem tanto quando pelo desenho, que é o momento em que eu me conecto mais profundamente comigo mesma.
valéria scornaienchi

 

O silêncio de fora vai ocupando o silêncio de dentro.  O silêncio de dentro ocupa o silêncio de fora.  Simbiose. Andando por entre as árvores só ouço  os seres da natureza.  O grilo, o pássaro, o craquelar das cascas e sementes.  As formigas trabalham  enlouquecidamente.  Sobem e descem folhas e gravetos. Carregam folhas e me distraem por um instante.  Há formigas por todos os lados. De cores e tamanhos diferentes.  Sentada no banco eu observo o que há ao meu redor.  Fotografo algumas coisas, só observo outras e carrego algumas comigo para cima do banco.  Inventário da natureza.  Olho os fragmentos de cascas, folhas, gravetos, penas e me pergunto o que de mim há ali.  Se pensarmos que tudo e energia, o que há em mim há  ali. Mas logo me desapego da resposta.  Eu me interesso mesmo é  pela pergunta.  Continuo observando os fragmentos com mais calma.  Frases e palavras passam pela minha cabeça. As escrevo nas folhas e cascas. Fotografo.  Observo as formigas subirem e descerem da minha perna. Observo o vento balançar as folhas e fazer a pena voar
Tudo parece muito claro naquele momento.  Somos todos um. Eu e aquele bosque nos transformamos no mesmo. Mais do mesmo. Uma energia forte vibrava entre nós.  Fui invadida por aquela vibração.
Continuei fazendo o inventário. Inventário da natureza. Inventário de mim mesma.

 
 
As paredes do ateliê são meus cadernos de registros de pensamentos e ideias.  Eu vou juntando imagens, textos, elementos da natureza, objetos e conforme vou olhando para eles vou construindo outras coisas.

As paredes do ateliê são meus cadernos de registros de pensamentos e ideias.
Eu vou juntando imagens, textos, elementos da natureza, objetos e conforme vou olhando para eles vou construindo outras coisas.

Uma quantidade enorme de imagens é gerada até que eu chegue a uma ideia mais concreta do que fazer.
A maior parte dessas imagens não vira trabalho, são fragmentos de um processo que podem ser revisitadas em outros projetos ou transformadas em novos signos. A transitoriedade das imagens me interessa. É a dinâmica da arte, onde cada coisa em si traz um significado, o que faz com que ela tenha vida própria, ora compõe um conjunto ora é autônoma.

O processo criativo funciona pra mim do mesmo modo que minha vida funciona. Fluída. Sem entraves, baseada no que eu sinto e reflito sobre. Assim o processo tem tanto valor quanto o trabalho finalizado.
O projeto de um trabalho é inseparável do processo criativo que estou vivenciando no momento de sua elaboração.