corpo desencantado de mim
O barco veio de mar, de rio, de mar
Alcançando as águas de dentro.
Tomada de águas sinto o mar em mim
O corpo veio movendo no movimento do barco e um tanto rio um tanto mar me ocupou das águas
A chuva caia no corpo e enquanto chovia o corpo era horizonte entre o mar e a chuva
Entre as partes de ser mar eu me entendia rio
Segui lembrando do Pará mesmo estando no Paraná
Estranho corpo riomar
Gestos impedidos de acordar
A memória de criança do mar
Porque o rio gestou em mim outra memória
De ser doce
De ser verde
De ser leve